Para uma Matemática (quase) sem lágrimas
AprendizagemA matemática é um papão? Para muitos alunos a matemática continua a ser um papão, isto é, uma disciplina perigosa e ameaçadora. Como enfrentar este papão? Continue a ler as perguntas frequentes desta secção. Na generalidade, a matemática é uma disciplina muito difícil? É. É preciso ter um Q.I. acima da média para conseguir aprovação a matemática? Nãããooooooo. É preciso estudar mais do que o habitual para conseguir aprovação a matemática? Siiiimmmmm. Quantas horas/semana devo estudar de matemática? Em geral, deve estudar o mesmo número de horas/semana de aulas de matemática. Ou seja, 4 horas/semana. Se só estudar 3 dias seguidos antes do exame, obtenho o mesmo resultado? Não, e o mais provável é reprovar. Retoricamente, muito dificilmente conseguirá estudar em 3 dias aquilo que devia ter estudado ao longo de 3 meses. Contrariamente a outras disciplinas, a aquisição de conhecimento matemático procede pela assimilação gradual da matéria. Na aula, estou concentrado e mesmo assim não consigo acompanhar a matéria. Que fazer? Deve começar a levantar o braço e a perguntar o que não entende. O professor tentará explicar melhor, e mais detalhadamente, aquilo que não está a acompanhar. Ter dúvidas é uma coisa normal. Fiz um, e um só, exercício sobre o tópico x. Percebi-o bem. Portanto, não preciso de fazer mais nenhum exercício sobre o tópico x. Correcto? Incorrecto. Deve fazer vários exercícios sobre o mesmo tópico, uma vez que há pequenas subtilezas entre eles. A aprendizagem da matemática é baseada na repetição. A aprendizagem baseada na repetição é uma coisa muito aborrecida, não é? Sim, mas não é uma característica exclusiva da matemática. Em geral, os desportistas passam o dia a treinar os mesmos movimentos ou jogadas; os músicos passam o dia a ensaiar a mesma pauta; os escritores passam o dia todo a reescrever os mesmos textos, etc. Todos, se são honestos, consideram que a repetição, ainda que subtilmente variada, não é uma coisa agradável, mas sabem que essa é única forma de se alcançar resultados positivos. Por vezes, ao estudar, só me apetece atirar com os livros contra uma parede? Faça uma pausa e regresse ao estudo quando se sentir mais calmo. O estudo da matemática é psiquicamente muito doloroso. E todos nós já sentimos isso. Quando passo o dia a estudar matemática, durante a noite sonho com equações, fórmulas e coisas afins. Estou a ficar maluco? Não, não está. Há um período no sono chamado R.E.M., em que o cérebro processa a informação do dia, para a memorizar. Digamos, é como estivesse a passar para o “disco duro” o que lhe aconteceu durante o dia. E isso é um bom sinal. Houve colegas meus que conseguiram fazer a cadeira sem quase vir às aulas. São génios? Não, não são génios. Em geral, são alunos que frequentaram explicações. Tenho explicações. Nas aulas devo mostrar que sei mais do que os restantes colegas? Não, não deve. Se tem explicações, nas aulas deve ter um comportamento discreto e respeitar o ritmo de aprendizagem dos restantes colegas. Ao fim ao cabo, a matemática não serve para nada, não é assim? Não. A matemática aplica-se em todas as áreas do conhecimento científico como ciências da natureza, ciências da vida, engenharias, ciências sociais e humanidades (por exemplo, filosofia). De uma forma geral, nas disciplinas de matemática (em cursos não-matemáticos) são aprendidos instrumentos para essas aplicações. |
Provas de Avaliação
A prova está marcada para a hora x, logo devo chegar à hora x? Não. Chegue um pouco antes da hora da prova. Em geral, à hora x já deve estar a começar a resolver o primeiro exercício e com os cabeçalhos das folhas de teste preenchidos. Devo fazer a prova toda no rascunho e depois passo-a para a folha de teste? Não. Não terá tempo para isso. Faça a prova directamente na folha de teste e faça um uso mínimo do rascunho. Se se enganar, risque. Poupa tempo. Amanhã, vou ter uma prova de matemática. Tomo uns cafés e faço uma directa de estudo? Directas de estudo são muito desaconselháveis. Deve ter uma noite de sono repousado e vir com a cabeça fresca para a prova. Numa outra cadeira se se enganar numa vírgula, isso será irrelevante. Na matemática, se se enganar num sinal, o exercício pode ficar impossível de resolver e lá se foi a cotação. Tive positiva no primeiro teste. Toca a começar a faltar às aulas e a deixar de estudar porque já sou um “craque”? Não. Não é nenhum “craque” e o resultado do segundo teste vai-lhe provar isso mesmo. Na prova de avaliação um exercício tem várias alíneas encadeadas. Como não sei fazer a a), logo não consigo fazer as restantes alíneas? Não. Assuma como correcto um resultado para a) e tente fazer as seguintes. Do género, “vou assumir que o resultado de a) é x, então b) resolve-se assim…”. Na prova de avaliação só devo responder àquilo que sei? Comece por responder àquilo que sabe e depois tente responder àquilo que, à partida, acha que não sabe. Pelo menos escreva na folha de teste as definições ou fórmulas que sabe sobre o assunto. Depois raciocine e, à falta de melhor, especule. Uma resposta em branco conta zero valores. Uma resposta incompleta, ainda que muito incompleta, pode contar alguma coisa. Por vezes, décimas; por vezes, valores inteiros! Depois da prova reparei que, afinal, uma das resoluções está errada. Tenho zero valores nesse exercício? Depende do tipo de erro cometido. Se o erro é ligeiro, por exemplo, um sinal errado, e o nível de exigência da resolução manteve-se, apenas se penaliza esse erro. Se o erro é ligeiro mas o nível de exigência da resolução diminuiu, a penalização aumenta. Se o erro é grave, então a penalização é elevada. |